Área I: História e funcionamento das línguas naturais
Define-se como área ampla de estudo da arquitetura, da constituição histórica e da mudança das línguas naturais. Esta área funda-se na capacidade de seleção e de recombinação do pensamento na sua aplicação à tessitura da linguagem, caracterizada em eixos não homogêneos: a sua estruturação formal, a sua função simbólica, o seu caráter herdado e a sua constituição diferencial. Seu aparato teórico e metodológico reúne a teoria da gramática, a teoria da variação e da mudança, os estudos filológicos, a crítica textual e as teorias sobre a distribuição espacial da língua, o contato linguístico-cultural e as relações entre língua, cognição e sociedade, bem como as técnicas de edição de textos, cartografia linguística, constituição de amostras linguísticas e análises quali-quantitativas de dados.
Área II: Linguagem e interação
Define-se como área que abrange diferentes perspectivas de investigação e de análise da linguagem, considerando como espaço privilegiado o ambiente social no qual se desenvolvem as práticas e fenômenos de linguagem, que podem ser investigados na perspectiva da relação entre linguagem e cultura, linguagem e política, linguagem e cognição, linguagem e discurso, linguagem e tradução e linguagem e acessibilidade. Em todas essas perspectivas de produção do conhecimento, há como preocupação central e aglutinadora a dimensão social e crítica da linguagem, o que reforça a responsabilidade da área como espaço de produção de conhecimento para a promoção da inclusão social, do pensamento crítico e da cidadania.